11 de setembro de 2012

Noite Branca - o balanço


"Diário do Minho" 10/09/2012


"Diário do Minho" 11/09/2012

Foi, sem dúvida, o evento mais marcante da BragaCEJ2012 até à data. Não é descabido dizer que superou o evento de abertura, porque os números falam por si.

A Noite Branca, ganhou destaque em Braga não só pela qualidade dos concertos, como pelas instalações artísticas das "Cidades Invisíveis".

Ter numa só noite, e de graça, Mafalda Arnauth, The Gift e Buraka Som Sistema em pleno centro da cidade de Braga, é um luxo que Braga e os bracarenses desconheciam.
Há muito que se reclama mais concertos e actividades musicais em Braga, apontando ao Theatro Circo incapacidade e inabilidade para atrair nomes sonantes da música. E a verdade é que não é por falta de público, é mesmo por inoperância de quem gere quer aquela casa de espectáculos, quer quem está à frente dos destinos culturais de Braga.

Após esta Noite Branca, que o Município nunca mais se queixe da falta de mobilidade dos jovens ou de atracção do público. Aqui deu-se o caso de o Município/BragaCEJ2012 desafiaram, os bracarenses compareceram e participaram...vestidos a rigor!

A instalação das "Cidades Invisíveis" foi muito elogiada por uns e criticada por outros. O facto de não se conseguir entrar ou passar em determinadas ruas ou a falta de explicação em certos troços do percurso foram alvo de críticas.
Parece-nos que este percurso, que pode ter sido considerado confuso, foi uma lufada de ar fresco na visão cultural e urbana que temos da nossa cidade. E percebeu-se que muito ainda se pode fazer para reiventar o conceito de cidade e de cultura na urbe.

Os número desta Noite Branca falam por si...mais de 80 mil pessoas no centro, várias lojas abertas à noite que foram fazendo negócio, cafés, bares e restaurantes "à pinha" e muitos destes que esgotaram os stocks de bebidas.

Nós agradecemos esta dádiva cultural, que soou a oásis num deserto, sobretudo numa noite com a competição feroz das "Feiras Novas" de Ponte Lima.

Esperamos que este seja um legado à cidade, com repetição garantida e, se possível, que tenha aberto as mentes para se apostar mais na cultura dentro da nossa cidade.

Mau foi as equipas de limpeza não estarem 100% afectas à realziação do evento e ir limpando as ruas e praças da nossa cidade. Na Rua D. Paio Mendes, às 9h da manhã, com a Catedral a abrir e os comerciantes a iniciar o dia de negócio, o estado da rua era lamentável...aqui fica um ponto a melhorar e a corrigir, pois sabemos que havia equipas de limpeza, provavelmente não eram suficientes ou entraram em acção tarde de mais.


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