3 de dezembro de 2012

As Convertidas e a Pousada da Juventude


"Diário do Minho" 29/11/2012

"Correio do Minho" 29/11/2012

"Diário do Minho" 03/12/2012

A propósito do debate público promovido pela Braga+ e pela JovemCoop, com o tema "Reconverter as Convertidas", foi possível auscultarmos as várias opiniões dos oradores convidados e, ainda, as várias ideias emanadas da assistência.

Uns foram mais favoráveis à instituição do Museu do Traje, na Casa das Convertidas. Menos adeptos teve a ideia de ali se construir uma valência de apoio social.

Da ideia de ali se edificar uma Pousada da Juventude, houve algumas vozes concordantes.

Mas o maior objectivo foi alcançado logo nos primeiros 30 segundo desta iniciativa...uma boa participação, um público interessado, oradores com várias sensibilidades e abertura para se auscultar as opiniões dos cidadãos.

Num clima tranquilo, de partilha e ideias, o ponto de união, com o qual todos concordam é que a Casa das Convertidas tem de ser recuperada com urgência.

Curiosamente, hoje, dia 03/12, está a ser noticiado o fecho temporário de 12 Pousadas da Juventude portuguesas, umas por falta de atractividade, outras por falta de condições. Em suma, fecham por questões de poupança e contenção de custos.

A modesta e desadequada pousada de Braga é uma das contempladas com o fecho, porque poucos a procuram. Provavelmente, além da nítida falta de condições, esta pousada não dignifica a cidade, nem pode provocar vontade aos jovens ou outros visitantes em querer ali ficar.
Por isso, renova-se aqui o desejo de que Braga tenha uma Pousada Jovem, temática, com história, com um programa de execução controlado e real, para que os jovens procurem e queirão pernoitar em Braga.


2 comentários:

Miguel Marques disse...

Ricardo chamo te à atenção para o seguinte post na Braga On relatando a grave destruição ocorrida em final do preterito mês.

http://bragaon.blogspot.pt/2012/11/regenerar-braga-rua-dos-chaos-um.html

Ricardo JovemCoop disse...

Aqui fica a minha resposta, meu caro:

Após tomar conhecimento desta situação e depois de termos alertado para a mesma no blog da JovemCoop, (http://jovemcoop.blogspot.pt/2012/09/rua-dos-chaos-ordem-para-preservar.html), lembramos que a posição dos serviços camarários foi "ordem para preservar). Nas fotos não se vislumbra uma preservação, mas um desrespeito e uma destruição.

Aquilo que deve ser questionado, junto das entidades, é a metodologia instituída e pressionarmos para apresentarem, rapidamente, os resultados das intervenções.

Mas, infelizmente, temos de estar preparados para duas situações. A primeira é a conivência e "branqueamento" da DRCN quanto aos processos metodológicos da UAUM/GACMB - já vimos isso noutras vemos, sendo exemplo mais recente o caso dos novos acessos de Real, ou relembrando as Sete Fontes.

A segunda situação prende-se com o moldar de dados, tendo em conta que basta os técnicos da UAUM/GACMB dizer que não apareceu nada de interesse, que a tutela validará e perderemos aqui o sustento das nossas argumentações.
Aquilo que podemos perguntar é porque se escolheu tal metodologia (acompanhamento pobre e pouco presente) e quais as avaliações aos vestígios exumados e porquê reenterra-los.

Penso que um dos problemas do projecto Bracara Augusta é centrar-se nos vestígios romanos, esquecendo outras cronologias, e intervenciona-los para registar e não para torná-los fruíveis aos público (admito que nem tudo é possível musealizar e estar a usufruto do público, mas olhando para a página das intervenções da UAUM (http://www.uaum.uminho.pt/estrutura/galeria_imagens.htm), podemos rapidamente fazer o balanço do que ficou preservado e do que foi destruído...a balança da preservação fica deficitária, além de que a página está muito desactualizada, logo podemos, desde já, pensar que mais vestígios arqueológicos terão sido destruídos.

Seria útil podermos vir a debater publicamente os resultados de mais de três décadas do Projecto Bracara Augusta. Penso que poder-se-ia, inclusivé, pensar num novo modelo de gestão do património de Braga, desde a intervenção arqueológica até à promoção turística.