"Diário do Minho" 05/05/2012
"Diário do Minho" 09/05/2012
A Casa/Recolhimento das Convertidas tem sido um assunto recorrente, nestes últimos meses.
Contudo, o interesse sobre este edifício vem já de trás, com o Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio a liderar o movimento de recuperação deste imóvel.
É seguro dizer que este Grupo, pelo menos desde 2003, visionou para as Convertidas um Núcleo Museológico, que desse visibilidade ao Traje Regional, dando maior enlevo à Cultura Popular. Esta boa ideia, surgiu após várias diligências e conversas entre as instituições de responsabilidade, como a CMB, Governo Civil, etc.
Havia já, um parecer da Direcção Geral dos Edifícios e Monumento Nacionais datado de 1997 para que este edifício tivesse um aproveitamento cultural (não se percebe o porquê de se ter pedido um parecer à DGEMN, tendo em conta que o edifício não era Monumento Nacional e nem tinha a decorrer a classificação, pois este só teve abertura em 03 de Novembro de 1998 - estranho?).
Preocupante é, ainda, a sugestão que a DGEMN faz para o edifício, substituindo-se à CMB e à Universidade do Minho, pondo a hipótese de ali albergar a Unidade de Arqueologia da UM e que se construísse um edifício nos jardins (lado norte) para "programas pesados " e laboratório!
A verdade é que o edifício das Convertidas, apenas em 2011 conheceu a vontade de o classificar como Imóvel de Interesse Público, após anos de abandono e de degradação.
Entretanto, a vontade do Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio manteve-se, apesar da ideia se esboroar no Governo Civil. Facto é que o Governo Civil foi extinto, e com eles, muito provavelmente, os compromissos apalavrados.
O Ministério da Administração Interna sugere colocar ali os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, bem como a Protecção Civil.
No entanto, lembrando o parecer da DGEMN "Trata-se de um caso raro no Património Edificado Português. Esta Direcção Regional considera que estão criadas as condições para se poder efectuar um restauro "exemplar", num edifício destas características ".
Sendo caso atípico do património português, o ideal é que não se esventre e adultere.
Lendo no jornal "Diário do Minho" de hoje o artigo de opinião de Tiago Varandas, encontra-se uma boa ideia, que colmata uma necessidade e que não desvirtuaria o edifício, mantendo as características do apoio social às mulheres.
Se a Câmara Municipal de Braga planeia construir um Centro de Acolhimento Temporário para Vítimas de Violência, porque não ali, naquele local, que construído com a finalidade de ajudar as mulheres a mudar de vida e a ficarem protegidas do "mal"?
Será, porventura, uma ideia a reter e a sugerir às autoridades!
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